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A construção da Refinaria do Lobito em Angola – cujo concurso público arranca a 9 de Julho – deverá ser um dos projectos mais transformadores para o segundo maior produtor de petróleo da África Subsariana. Não só aumentará dramaticamente a capacidade de refinação doméstica de Angola, mas também criará oportunidades de emprego direto e indireto e estimulará o desenvolvimento económico da região. O forte impulso dado agora ao projeto demonstra o compromisso da Sonangol – em nome do Governo angolano – para impulsionar a diversificação downstream e fazer a nação evoluir como um agente energético verdadeiramente integrado, e é representativo do rumo bem direcionado que Angola está a tomar no seu sector energético.
O concurso para a construção da enorme Refinaria do Lobito surge num momento em que Angola procura expandir a sua capacidade de refino e reduzir os custos associados às importações de combustível, nas quais gastou US$1,7 mil milhões apenas em 2019. Localizada numa área de 150 hectares a aproximadamente 8 km a norte da cidade costeira do Lobito, o local do projeto é particularmente estratégico, apresentando extensas instalações portuárias que permitem a exportação para toda a região. Após a sua conclusão, a refinaria processará 200.000 barris por dia de petróleo bruto em gasolina de alta qualidade, diesel, combustível de aviação e gás de petróleo liquefeito, entre outros derivados de petróleo – tornando-se na quarta maior refinaria em volume no continente. Angola tem como objectivo garantir 50% do mercado regional – bem como aumentar as exportações para os mercados internacionais, incluindo os EUA e a Europa – como parte das suas ambições de downstream. A procura limitada no mercado interno, juntamente com o acesso limitado ao interior do país, tornaram as exportações de refinados para o resto da África Subsaariana críticas para alcançar economias de escala e criar um fluxo de receita diversificado e viável.
Como o maior projeto de refinação atualmente em cima da mesa em Angola, a Refinaria do Lobito oferece retornos consideráveis para investidores e parceiros estrangeiros, bem como uma mudança transformadora para o futuro do país e da sua população.
As ambições de downstream de Angola estarão em discussão na Angola Oil & Gas 2021 dias 9 e 10 de Setembro, o maior evento do sector energético do país.