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Depois de uma série de descobertas de grande escala nas águas costeiras abrangendo a fronteira entre a Mauritânia e o Senegal, mais precisamente no campo de gás conhecido como Grand Tortue Ahmeyim (GTA), que ocorreram entre 2014 e 2017, uma série de Empresas de Produção e Exploração independentes (EPEs), assim como Empresas Internacionais de Petróleo (EIPs) demonstraram seus interesses no desenvolvimento do potencial de hidrocarbonetos na, em grande parte inexplorada, Bacia MSGBC.
Localizada na região conhecida como Margem Atlântica do Noroeste Africano, a Bacia MSGBC – Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné Bissau e Guiné-Conacri – foram palcos de sucessivas descobertas de classe global, mais precisamente o campo internacional GTA e o empreendimento senegalês no campo de petróleo Sangomar, ambos preparados para transformar a região em um pólo internacional de hidrocarbonetos. As descobertas Yakaar-Teranga e BirAllah, localizadas nas costas do Senegal e da Mauritânia respectivamentes, foram avaliadas em 85 trilhões de pés cúbicos (tpc) de gás natural, enquanto a Bambo-Iwell na costa da Gâmbia tem expectativa de conter 1,1 bilhões de barris, e na Guiné-Bissau a descoberta de petróleo Sinapa destaca um contingente de recursos estimados em 72 milhões de barris de petróleo leve recuperável.
Ao abrir o quadrante noroeste do continente africano para novas e empolgantes oportunidades, a Bacia MSGBC oferece muitas oportunidades de exploração e produção. Cobrindo uma área de 600.000km2, se estendendo desde a Zona de Falha Cap Blanc, na costa setentrional da Mauritânia, até a Zona de Falha da Guiné situada na costa da Serra Leoa, estas descobertas transformaram a região em um hotspot de desenvolvimento, colocando-a no topo da lista das mais empolgantes oportunidades na África para exploração e desenvolvimento.
Mauritânia
Considerada estar nos estágios iniciais de uma expansão em hidrocarbonetos, sucessivas descobertas de grandes depósitos de gás natural na costa da Mauritânia transformarão o setor de energia do país em sua maior indústria e fornecerão oportunidades atrativas de mercado para investidores. Com várias das gigantes de petróleo do mundo já operando na Bacia MSGBC, o Governo da Mauritânia quer atrair exploração e desenvolvimento para seu setor costeiro de petróleo e gás, com 19 blocos offshore disponíveis para arrendamento.
Com primeira produção no campo de gás natural Grand Tortue planejada para 2023, a gigante do petróleo e gás BP, está atualmente na fase de construção de uma unidade flutuante de gás natural liquefeito na costa da Mauritânia que será capaz de produzir quase 10 milhões de toneladas métricas de gás natural liquefeito (GNL) anualmente. O campo possui reservas confirmadas de 100 tpc de gás natural, do qual estima-se uma produção massiva de gás durante a próxima década.
Este cenário resultou em muitas oportunidades em engenharia de equipamentos e no setor de serviços, e deverá transformar a cidade portuária mauritana de Nouadhibou em um pólo regional de petróleo e gás, com a atual reconstrução da capacidade de armazenamento de petróleo da cidade de 300.000 toneladas atualmente, enquanto o governo busca expandir a capacidade de sua capital, Nouakchott, em 150.000 toneladas.
Senegal
Recentemente, o Senegal se tornou uma oportunidade curiosa para exploradores e empreiteiros devido às suas altamente inexploradas bacias de petróleo e gás. Após as descobertas de 2014-2016, assim como a capitalização do setor pela empresa nacional de petróleo e gás, Petrosen, várias oportunidades surgiram para investidores que buscam os vastos recursos de hidrocarbonetos do Senegal.
Dois dos maiores projetos de petróleo e gás na MSGBC são os projetos de gás GNL Sangomar e GTA, ambos localizados no Senegal, o último compartilhado com a Mauritânia, estão transformando a atual expansão do setor de petróleo e gás do país. Outras descobertas, como o pólo Yakaar Teranga, localizado aproximadamente a 95 km de Dacar, oferecem oportunidades que produzirão gás primariamente para o consumo interno.
O Senegal tem hoje uma dúzia de blocos costeiros, incluindo novos blocos ultraprofundos costeiros, disponíveis para arrendamento, para o qual a ENP Petrosen lançou uma rodada oficial de concessão de licenças em Outubro de 2019.
Gâmbia
Com a descoberta da presença confirmada de depósitos consideráveis de petróleo bruto na costa gambiana da Bacia MSGBC, exploração de petróleo e licenças para perfuração são estimadas como as melhores oportunidades para o país no seu setor de petróleo e gás. Listado como um pilar crítico em seu Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2021, o Governo da Gâmbia colocou ênfase na promoção de oportunidades de mercado através da importação de tecnologia de mapeamento de dados sísmicos para fazer um levantamento de seus blocos costeiros, assim como o lançamento de licenças para exploração e aproveitamento mineral na exploração de petróleo on e offshore.
A Gâmbia atualmente possui dois blocos onshore e quatro blocos offshore sendo explorados, o mais promissor dos quais são os blocos A2 e A5, situados adjacentes ao campo Sangomar, o qual tem visto um rápido aumento nas atividades de exploração pela empresa australiana de petróleo e gás FAR Ltd., hoje com 50% de interesse e operacionalidade no offshore da Bacia MSGBC. Cobrindo uma área de aproximadamente 2.682km2, os blocos A2 e A5 contém oportunidades em recursos que ultrapassam 1 bilhão de barris de petróleo.
Em 2019, a Corporação Africana de Petróleo possui interesses de licenciamento offshore nos blocos A1 e A4, com dados sísmicos 3D revelando mais de 30 oportunidades de exploração e um potencial de hidrocarbonetos de quase 3 bilhões de barris de petróleo.
Em 30 de Novembro, espera-se que a FAR Ltd. e sua parceira na joint venture, a malaia Petronas, iniciarão a perfuração do poço Bambo-1 na costa da Gâmbia. Situado no Bloco A2, aproximadamente 85 km ao sul da fronteira entre Senegal e Gâmbia, o poço será perfurado a uma profundidade total de 3.266m em uma lâmina d’água de 993m, apresentando oportunidades em recursos de petróleo de 1,1 bilhões de barris.
Guiné-Bissau e Guiné-Conacri
Dado o reconhecimento de longo prazo do potencial de reservas e oportunidades do país em sua vasta plataforma de águas rasas, a empresa nacional de petróleo da Guiné-Bissau, Petroguin, autorizou o início da exploração de hidrocarbonetos em 11 blocos costeiros para EPEs e EIPs desde Outubro de 2020. Atualmente, estas empresas, dos quais incluem a sueca Svenska Petroleum, a norueguesa PetroNor E&P, e FAR Ltd., continuam a analisar dados sísmicos para as oportunidades em petróleo e gás na costa da Guiné-Bissau, com a maioria das atividades supervisionadas pela Petroguin.
Localizada na sub-bacia Casamansa, na costa da Guiné-Bissau, os poços Sinapa e Esperança compreendem uma área de aproximadamente 5.000km2 e oferecem potenciais recursos contingentes de quase 72 milhões de barris de petróleo leve recuperável. Em Setembro, a Petroguin anunciou a assinatura de um contrato com a corporação equato-guineense, Ada Business GE Lta., para exploração e aproveitamento de recursos de petróleo em seus blocos onshore 4 e 5.
Embora a real extensão do potencial das reservas de petróleo e gás da Guiné-Conacri ainda sejam relativamente desconhecidas, as oportunidades são promissoras. Algumas empresas de exploração, que acreditam que as regiões costeiras do país contém petróleo comercialmente viável, confiando no Escritório Nacional de Petróleo do país para promover mais explorações na Guiné-Conacri.
Em resposta à crescente demanda por energia renovável e ao crescente interesse das partes interessadas internacionais em investir, desenvolver e ter sucesso na África, a Energy Capital & Power realizará a conferência e exposição MSGBC Oil, Gas & Power 2021 em 2-3 de dezembro de 2021. Focada no aprimoramento de parcerias regionais, estimulando o investimento e o desenvolvimento nos setores de petróleo, gás e energia, a conferência unirá as partes interessadas internacionais regionais com oportunidades africanas, servindo como uma plataforma orientada para o crescimento para o setor de energia da África.
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