No entanto, a capacidade de refinação do país da África Austral permanece muito abaixo do seu consumo doméstico com mais de $2 bilhões gastos em importações de petróleo para satisfazer a procura local por ano.
Necessidades de Crescimento do Mercado
Neste respeito, investimentos enormes em actividades a jusante, midstream e a montante e em implantação de infra-estrutura, incluindo refinarias, e reformas adicionais das políticas actuais e termos fiscais são, portanto, essenciais para maximizar a exploração dos amplos mas inexplorados recursos de hidrocarbonetos do país para garantir auto-suficiência em combustível.
Com grandes projectos a jusante, tal como actualizações da actual refinaria de Luanda e o desenvolvimento de três novas refinarias em Soyo, Cabinda e Lobito em curso, um uso melhorado das parcerias público-privado é essencial para o país angariar o enorme capital requerido para acelerar e concluir os projectos de implantação.
Durante um painel de discussão, que explora as oportunidades de investimento em todo o mercado energético angolano, organizado na conferência Semana Energética Africana na Cidade do Cabo, Osvaldo A. Inácio, membro do Conselho de Administração da Sonangol, disse “Em 2021, atingimos 4,2 milhões de toneladas de produtos refinados para satisfazer a procura local. Angola tem importado muitos produtos refinados e queremos mudar isso. As três novas refinarias serão um divisor de águas e adicionarão 450,000 barris de energia por dia. Estamos à procura de investidores interessados em se juntar a nós e estamos a obter parceiros progressivamente porque o país realmente não pode esperar mais. Tivemos uma boa conversa com Afreximbank sobre parceria financeira.”
Optimização do Regime e Financiamento da Auto-suficiência em Combustível
A modernização contínua do regime que inclui reduções dos impostos sobre o petróleo para participantes do mercado e a criação da Agência para o Investimento Privado e Promoção das Exportações em 2018 é um grande testemunho do compromisso do governo para atrair mais investimento estrangeiro directo e acelerar a participação do sector privado a fim de encurtar o caminho para a auto-suficiência em combustível.
Adicionalmente, a posição do governo angolano para potenciar a cooperação financeira com governos regionais a fim de acelerar a implantação de infra-estrutura midstream e a jusante poderá ser um divisor de águas – tendo assinado um Memorando de Entendimento com a Zâmbia para cooperar no projecto da Refinaria de Lobito em abril de 2022 e implementando um estudo de viabilidade para os dois países desenvolverem em conjunto o Oleoduto Angola/Zâmbia.
Além disso, Angola juntou-se à Iniciativa de Transparência das Indústrias Extractivas em junho de 2022, o que irá não só permitir ao país de reforçar os seus esforços contra a corrupção e reformar as operações das agências nacionais de petróleo e gás mas irá também xxx o ambiente empresarial e clima de investimento e, ao mesmo tempo, atrairá os investimentos do sector privado requeridos para maximizar as operações em toda a cadeia de valor do petróleo e gás do país a fim de assegurar a auto-suficiência em combustível.
Além do mais, com a Agência Nacional do Petróleo, Gás (ANPG) prestes a conceder licenças em bacias terrestres e interiores a 12 blocos em 2023 e leiloar mais de 11 blocos em campos do pré-sal em 2025, prevê-se que Angola se torne num centro de exploração e seja capaz de aumentar a produção energética para satisfazer a procura local crescente, porque a produção está actualmente a ser perturbada por declínios naturais nos projectos anteriores apesar do país se ter tornado no maior produtor de petróleo da África.
Interessado em saber mais sobre como Angola procura acelerar os seus desenvolvimentos energéticos para a auto-suficiência em combustível? A AOG representa a melhor plataforma para você colaborar as autoridades reguladoras do país e participantes chave do mercado energético.