Moderado por Manuel Mota, Sócio e Líder dos Serviços de Alterações Climáticas e Sustentabilidade da EY, o painel contou com a participação de Adriano Mongini, CEO da Azule Energy; Edson dos Santos, CEO da Etu Energias; Billy Lacobie, Diretor Geral da Unidade de Negócios Estratégicos da África Austral, Chevron; Ricardo Van Deste, CEO da Sonangol E&P; e Mutombo Dondo, Diretor-Geral Adjunto e Activos e Diretor da TotalEnergies E&P Angola.
O sector do petróleo e do gás em África enfrenta o desafio de satisfazer a crescente procura de energia e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões. O CEO da Azule Energy enfatizou o compromisso da empresa em descarbonizar as operações e otimizar a produção como o maior produtor independente de petróleo e gás em Angola.
De acordo com Mongini, “em termos de descarbonização, no ativo de produção, os dois maiores activos são a redução da queima e a redução das emissões”, e “na nova implementação, estamos a assistir à chegada de uma nova unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) em 2026”. Temos vindo a implementar todas as tecnologias mais recentes neste novo FPSO para maximizar a eficiência e, ao mesmo tempo, descarbonizar.
Através do seu CEO, a petrolífera privada Etu Energias descreveu o plano da empresa para contribuir para a redução das emissões de carbono, assegurando simultaneamente a eficácia operacional com vista a reduzir a emissão de gases nocivos para o ambiente.
Dos Santos afirmou: “Procuramos realmente cuidar do ambiente, mas procuramos sempre dar prioridade ao que nos ajuda do ponto de vista financeiro e do ponto de vista operacional”, acrescentando: “Em primeiro lugar, procuramos reduzir a queima de combustível. Em seguida, examinamos a deteção de fugas. Em terceiro lugar, trabalhámos arduamente para plantar árvores, a fim de reduzir a quantidade de carbono na atmosfera. O quarto ponto, se tiver de o fazer, será a forma de utilizar o dióxido de carbono para melhorar os esforços de recuperação de petróleo.
Van Deste explicou a estratégia de descarbonização da Companhia Nacional de Petróleo (NOC) e a forma como a tecnologia irá desempenhar um papel mais importante nos objectivos de sustentabilidade do país, ao mesmo tempo que analisou o papel que a Sonangol, a NOC do país, irá desempenhar no avanço da agenda de expansão do mercado energético de Angola no âmbito de uma transição energética justa e inclusiva.
“A Sonangol está a concentrar-se em quatro aspectos fundamentais da descarbonização. Estamos a analisar formas de reduzir a queima de gás, os derrames de petróleo no oceano, a quantidade de combustível que a nossa frota utiliza, bem como os sistemas de produção de energia. A melhoria nestas áreas é apenas um exemplo de uma das medidas que podemos implementar para apoiar os esforços globais de descarbonização do país, segundo Van Deste.
As principais empresas do sector do petróleo e do gás têm um papel importante a desempenhar na erradicação da pobreza energética e na descarbonização, tal como foi referido durante o painel de discussão. Consequentemente, surgiram oportunidades para as empresas petrolíferas globais, como a Chevron, investirem em tecnologias de ponta que maximizem a eficiência e garantam a concretização dos objectivos de sustentabilidade.
De acordo com a fala de Lacobie “acreditamos que a energia é necessária para manter o mundo a evoluir e acreditamos que o futuro da energia provém de recursos com menos carbono. A estratégia da Chevron é aumentar a produção de petróleo e gás e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões para garantir que atingimos os nossos objectivos de sustentabilidade.”