Disponível em inglês.
Na sequência à conclusão bem sucedida do Programa de Regeneração de 30 meses da Sonangol, o papel das Empresas Petrolíferas Nacionais (EPNs) na obtenção de resultados bem sucedidos no setor energético será apresentado na próxima Conferência e Exposição Angola Oil & Gas (AOG) 2022 (Luanda; 29 de novembro a 1° de dezembro). O painel focado nas EPNs irá explorar os desafios e oportunidades por trás do financiamento e da catalisação do crescimento das empresas nacionais, à medida que uma onda de privatizações é empreendida em todo o continente.
As EPNs não apenas contribuem com a maior parte das receitas governamentais para a maioria dos produtores de hidrocarbonetos, mas também possuem a chave para garantir a soberania e manter a propriedade sobre os recursos naturais nacionais. No entanto, o papel das EPNs africanas no gerenciamento dos recursos de hidrocarbonetos tem sido em grande parte abaixo do esperado, e pelo contrário, o é caracterizado pela limitada capacidade de produção upstream e downstream, altos custos operacionais, excesso de pessoal e dependência contínua das Empresas Petrolíferas Internacionais (EPIs) e de operadores do setor privado.
Como resultado, vários produtores africanos de petróleo – incluindo Angola – implementaram reformas agressivas marcadas principalmente pela privatização e liberalização do setor para aumentar a competitividade de suas empresas petrolíferas nacionais. Os palestrantes ponderarão sobre estratégias para que as EPNs alcancem eficiência operacional, estabeleçam boa governança, construam capacidades internas e reproduzam o grau de autonomia e disciplina de livre mercado detido pela maioria das EPIs.
Enfatizando metas para aumentar competitividade e rentabilidade, a Sonangol implementou seu Programa de Regeneração em novembro de 2018, reorientou suas atividades dentro da cadeia de valor de exploração e produção primária e alienou seus ativos não essenciais através de um programa de privatização de quatro anos. O programa orientado pelo Estado também estabeleceu um mandato separado para a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis de Angola (ANPG) como concessionária independente e reposicionou o Instituto Regulatório de Derivados de Petróleo (IRDP) como o regulador oficial downstream. Representando uma das reformas estatais mais abrangentes da história do petróleo e do gás na África, os palestrantes discutirão o impacto do programa – que concluiu sua fase final em junho de 2021 – sobre o setor energético angolano e como a Sonangol pode servir de referência para os EPNs em todo o continente africano.
Além de transformar as entidades estatais em empresas mais competitivas e ágeis, a privatização tem o potencial de gerar capital significativo através de IPO e aliviar a obrigação do governo de financiar sozinho o setor de maior intensidade de capital do país. A Sonangol, por sua vez, pretende proseguirr com um IPO nos próximos anos como parte de sua estratégia de regeneração a longo prazo. Uma vez privatizadas, as EPNs africanas estarão melhor posicionadas para competir em um setor liberalizado ou semi-liberalizado que promove a competição de mercado livre. O painel discutirá como as EPNs africanas podem competir melhor com operadores privados ou estrangeiros por concessões, e desenvolver suas capacidades operacionais e técnicas.