Sebastião Gaspar Martins, o CEO da Sonangol
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- O CEO da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, apresentou a estratégia da empresa num painel dedicado ao upstream durante a primeira manhã da Conferência Angola Oil & Gas 2021.
- O CEO da Sonangol expressou o seu entusiasmo com os planos de abrir o capital da empresa ao público.
- Os seus anúncios são a expressão da grande transformação em curso na empresa nacional energética angolana.
Sebastião Gaspar Martins, o CEO da Sonangol, a empresa nacional de petróleo angolana, anunciou quinta-feira que a empresa está a levar para a frente o seu plano de regeneração, que transformará a empresa numa Empresa Nacional de Energia (ENE) abrangente, deixando de ser apenas uma Empresa Petrolífera Nacional (EPN), centrada no petróleo. Isto foi dito durante o seu discurso inaugural acerca do estado da reestruturação da empresa nacional, na Angola Oil & Gas (AOG) 2021, em Luanda.
A Sonangol tem estado envolvida num programa de reestruturação que envolve a venda de ativos não-essenciais. A entidade remanescente concentrar-se-á na produção de petróleo e gás enquanto operadora, dedicando-se ainda à produção de energia por meio do gás e de projetos renováveis, que envolvem energia solar, o biogás e o hidrogénio. Reconheceu os desafios que tem pela frente, mas disse que a empresa estava determinada e que algumas das mudanças já começaram a render resultados positivos em termos de redução de custos.
O Governo angolano pretende cotar a Sonangol em bolsa assim que o programa de restruturação tiver terminado, o que acontecerá até ao fim de 2022.
Angola produz atualmente cerca de 1,2 milhões de barris de petróleo por dia, o que faz da EPN de Angola uma oportunidade de investimento apetecível para os investidores quando a empresa for cotada em bolsa. O aumento do portfólio de geração de energia da empresa através de tecnologias verdes e novas tornará a Sonangol mais atraente para os investidores na era da transição energética.
Sebastião Gaspar Martins anunciou ainda a sua intenção de ver a Sonangol expandir a sua posição enquanto operadora de petróleo e gás em Angola. A empresa é atualmente responsável por 2% da produção operada a nível nacional, embora o CEO veja a EPN assumir a responsabilidade por até 10% da produção nacional na próxima década, recuperando capacidade técnica e ambição exploratória.